DÓLAR HOJE:
Euro Hoje
3 de dezembro de 2024

Hortênsias News

Céu Nublado e Sol Alaranjado: Impactos do tempo seco e das queimadas no clima do Rio Grande do Sul

Compartilhe este artigo


A coloração acinzentada do céu e o sol avermelhado devem persistir até pelo menos o dia 18 de setembro. Foto: Redação HN

Recentemente, moradores de diversas regiões do Brasil têm observado um céu tingido de laranja e um sol com tonalidades avermelhadas. Essas manifestações, embora visualmente impressionantes, são alarmantes indícios da poluição atmosférica provocada por queimadas. A situação é especialmente crítica no Rio Grande do Sul, onde, apesar do clima seco e ensolarado, o céu exibe um aspecto nublado e acinzentado.

Esse fenômeno é resultado da formação de uma pluma de fumaça proveniente de incêndios florestais, não apenas no Brasil, mas também em países vizinhos como Argentina, Bolívia e Paraguai. Essa pluma, situada a aproximadamente 1.500 metros de altitude, impede a passagem direta dos raios solares, criando um efeito de “espelhamento”. A luz solar se dispersa nas partículas de fuligem presentes na atmosfera, resultando na coloração avermelhada do sol, especialmente durante o amanhecer e o entardecer.

No Rio Grande do Sul, essa alteração no céu tem sido notável, mesmo na ausência de nuvens e com temperaturas elevadas. A fumaça não apenas diminui a intensidade da luz solar, mas também compromete a qualidade do ar, gerando riscos à saúde pública.

Incêndios em Níveis Recordes

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelam que, entre 1º de janeiro e 9 de setembro deste ano, o Brasil registrou 159.411 focos de incêndio, o maior número desde 2010, quando foram contabilizadas 163.408 ocorrências. A combinação de calor intenso, clima seco e queimadas tem intensificado a formação de um corredor de fumaça que se estende de norte a sul do país, afetando o clima, a agricultura e a saúde da população.

Previsão para os Próximos Dias

De acordo com a Climatempo, a coloração acinzentada do céu e o sol avermelhado devem persistir até pelo menos o dia 18 de setembro. A onda de calor que atinge o Rio Grande do Sul, assim como os estados do Centro-Oeste e Sudeste, favorece o surgimento de novos focos de incêndio, aumentando ainda mais a quantidade de fumaça na atmosfera.

Embora uma frente fria esteja prevista para chegar ao Rio Grande do Sul no sábado, dia 14, trazendo chuvas, os meteorologistas alertam que a fumaça deverá continuar presente sobre o estado. A instabilidade climática não será suficiente para dissipar a pluma de poluição, uma vez que os ventos provenientes do norte continuarão a transportar a fumaça das regiões mais afetadas pelos incêndios.

Compartilhe este artigo

Deixe seu comentário

Para comentar na página você deve estar logado em seu perfil do Facebook. Este espaço visa promover um debate sobre o assunto tratado na matéria. Comentários com tons ofensivos, preconceituosos e que firam a ética e a moral poderão ser denunciados, acarretando até mesmo na perda da conta. Leia os termos de uso e participe com responsabilidade.