
A originalidade tanto do Ritmo quando do Festival foi resguardada através deste reconhecimento patrimonial como um bem tipicamente serrano, sendo ambos elementos potencializadores que fazem com que a comunidade sinta-se orgulhosa ao alimentar e fortalecer a própria identidade do nosso povo.
O Ritmo Bugio
O Ritmo do Bugio é um ritmo musical específico que surgiu através do acordeom. Os gaiteiros serranos usavam o jogo de fole, recurso peculiar do acordeom, para destacar e caracterizar o ritmo, que muito se referencia no som marcado que os animais, bugios, produzem nas matas nativas da região dos Campos de Cima da Serra e das Matas dos Pinhais.
O Bugio pode ser considerado patrimônio cultural imaterial do nosso município já que está impregnado na nossa identidade. O gênero musical nos caracteriza como “São Chico – Terra do Bugio e dos grandes gaiteiros” e o reconhecimento popular e a memória social formalizam esse sentimento.
O registro histórico aponta que o primeiro Bugio registrado musicalmente, aconteceu em 1956, com “O Casamento da Doralice” com partitura e letra com composição de Os Irmãos Bertussi, músicos de renome da cultura gaúcha e nascidos no nosso território de São Francisco de Paula.
O Festival Ronco do Bugio
O músico, poeta e historiador nascido em São Francisco de Paula, Léo de Souza Ribeiro é quem contextualiza a importância do Festival Ronco do Bugio.“O Festival acontece desde o ano de 1986 quando, sob uma lona de circo, em uma noite gélida no campo do Atlético, o evento aconteceu pela primeira vez.
O Festival Ronco do Bugio possui características próprias em sua forma e conteúdo, pois é o único do Brasil onde apenas um ritmo é permitido, ou seja, o Bugio, numa maneira de preservação do compasso oriundo de nossa querência. Na América do Sul algo similar acontece somente na Argentina, em Corrientes, berço do ritmo Chamamé”.
Fonte: Ascom PMSFP
Foto: Divulgação