Em coletiva de imprensa realizada no auditório da Prefeitura de Gramado na última sexta-feira (24), o secretário de Planejamento, Rafael Bazzan Barros, divulgou informações sobre a construtora e demais envolvidos na obra do Residencial Condado Ana Carolina, que desabou no bairro Planalto em Gramado.
A Prática Construções e Incorporações, responsável pelo empreendimento, teve seu nome revelado durante a apresentação. A ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) da execução da obra foi registrada em nome de Túlio Vinícius Petter, um dos sócios da Prática. As sondagens e o estaqueamento foram realizados pela empresa Geyer.
O projeto, assinado pelo engenheiro Noréh Michalski, foi protocolado na Prefeitura de Gramado em 2003 e aprovado no ano seguinte. O cálculo estrutural ficou a cargo da empresa MAC Cunha Engenharia Ltda., com responsabilidade técnica atribuída ao engenheiro Marco Aurélio C. R. da Cunha. O habite-se foi concedido em 2010, mas o prédio foi interditado em 2020 após denúncia de irregularidades no Fala Cidadão.
Desde então, o Residencial Condado Ana Carolina estava proibido de ser habitado, embora dois dos 19 apartamentos ainda abrigassem moradores permanentes até o último sábado (18).
O incidente levanta questionamentos sobre a qualidade da construção e a eficácia das inspeções regulatórias. A comunidade aguarda agora uma investigação mais detalhada para esclarecer as circunstâncias que levaram ao colapso do edifício.
A Prática Construções e Incorporações, assim como os profissionais envolvidos no projeto, estão sob crescente escrutínio, enquanto as autoridades locais buscam respostas para garantir a segurança dos cidadãos e a integridade das futuras construções na região.
Dúvidas pairam no ar: Como um prédio interditado estava habitado? A onde estava a fiscalização?
Fonte: Redação HN
Foto Destaque: Miron Neto
Foto 2: Reprodução