DÓLAR HOJE:
Euro Hoje
23 de maio de 2025

Hortênsias News

Em Canela escassez de pessoal ameaça a continuidade de projetos, incluindo a natação, na Escola Neusa Mari Pacheco

Ouça este artigo

Compartilhe este artigo

Uma das maiores escolas públicas do Rio Grande do Sul, em termos de sua estrutura física, está enfrentando desafios devido à escassez de pessoal e à falta de atenção por parte da Secretaria de Educação do Estado.

A Escola Estadual de Ensino Básico Neusa Mari Pacheco – CIEP, que atende aproximadamente 900 alunos em tempo integral e 150 alunos no turno da noite, está operando com apenas duas funcionárias para tarefas de limpeza e organização, uma situação que persiste há quatro meses.

Além dos estudantes, a escola tem uma equipe de 110 professores e colaboradores que desempenham funções administrativas e de monitoria, entre outras. De acordo com o tamanho da estrutura física e o modelo de educação em tempo integral que oferece, a escola deveria ter, no mínimo, cinco funcionários dedicados à limpeza.

Márcio Gallas Boelter, ex-Diretor da escola, atual Vice-diretor do Ensino Médio Noturno, professor e pai de dois alunos na escola, destaca o comprometimento das duas funcionárias que continuam a desempenhar suas funções, mas ressalta que estão sobrecarregadas devido à alta demanda de trabalho, o que tem impactado negativamente em sua saúde.

O Conselho de Pais e Mestres (CPM) tem feito o possível para abordar situações emergenciais, mas a escassez de pessoal torna impossível solucionar todos os problemas, algo que deveria ser resolvido pelo Estado. Segundo Márcio, a Secretaria Estadual de Educação não tem tomado medidas ágeis para contratar novos funcionários ou criar soluções para essa questão.

A alegação da Secretaria é que os processos burocráticos são lentos e que não há interessados em preencher as vagas disponíveis.

A escola, conhecida por oferecer aulas de natação em uma piscina térmica semiolímpica, corre o risco de suspender essa atividade e outras, a menos que o Estado intervenha. Márcio afirma que a direção da escola não terá outra opção senão suspender projetos como a natação e atividades esportivas no ginásio. Das duas funcionárias de limpeza, uma delas é responsável exclusivamente pela manutenção da piscina.

Márcio Boelter, que atuou como diretor do CIEP de 2012 até o final de 2021, enfatiza que nunca enfrentou uma situação tão alarmante em relação ao quadro de funcionários. Ele ressalta que os funcionários da escola não estão recebendo o devido reconhecimento, um problema que se estende por todo o estado do Rio Grande do Sul e se torna desanimador.

A Escola Neusa Mari Pacheco recebeu reconhecimento da Universidade de Coimbra, em Portugal, em 2018, como uma escola pública modelo que colabora com a comunidade e destaca-se na oferta de educação em tempo integral. A instituição tem mantido esse modelo educacional por 29 anos consecutivos e servido como referência para várias cidades e estados brasileiros que se inspiraram em seu projeto.

No início do ano, a escola teve problemas devido à falta de merendeiras para atender à grande demanda alimentar dos alunos, sendo considerada o “maior restaurante da região”. Após pressões da escola e de órgãos de coordenação e da Comissão Estadual de Educação (CEDUC), o Estado designou merendeiras para a instituição. No entanto, agora, outra questão crítica está surgindo devido à falta de atenção do Estado em relação à educação pública.”

Escola Neusa Mari Pacheco

A situação ressalta a necessidade de intervenção do Estado de forma imparcial e enfatiza a importância de encontrar soluções para os problemas enfrentados pela escola.

Fonte: Redação HN
Fotos: Reprodução

Compartilhe este artigo

Deixe seu comentário

Para comentar na página você deve estar logado em seu perfil do Facebook. Este espaço visa promover um debate sobre o assunto tratado na matéria. Comentários com tons ofensivos, preconceituosos e que firam a ética e a moral poderão ser denunciados, acarretando até mesmo na perda da conta. Leia os termos de uso e participe com responsabilidade.